Times Imortais: o Milan dos Holandeses

Esse artigo foi escrito originalmente como roteiro para o vídeo acima

Existe o Paris Saint Germain dos catarianos, tem o Manchester City dos árabes e um dia já teve o Milan dos Holandeses. Mas ele foi chamado assim porque algum bilionário holandês comprou o clube na época? Não. Os holandeses donos do Milan não vestiam terno e gravata, mas sim chuteira e uniforme.

Hoje a história é de um time imortal: o histórico Milan dos Holandeses, responsável por mudar para sempre o patamar daquele que hoje é considerado um dos maiores clubes da história do futebol. 

1980 – A Queda

Foto: Divulgação

Para contar essa história precisamos voltar lá na década de 80, ela mesmo que acabaria de uma forma mágica para o Milan, mas que teve um início desesperador.

Quem conhece o escândalo de manipulação de resultados que rebaixou a Juventus em 2006 sabe como isso lá na Itália tende a ter sérias punições, e foi justamente o que aconteceu com o Milan naquela época.

Em 1980, os rossoneri foram rebaixados para a Serie B Italiana devido ao estouro de um caso de manipulação de partidas – um enorme baque para um clube tão importante do futebol italiano. E se o caso que rebaixou a Juventus ganhou o nome de Calciopoli, esse não foi diferente: marcado para sempre nos livros do futebol italiano com o nome de Totonero, esse escândalo rebaixou não apenas o Milan, como também a Lazio e causou uma punição de -5 pontos na tabela para as outras equipes envolvidas, que foram o Avellino, Bologna, Perugia, Palermo e o Taranto.

Os cartolas não saíram impunes: o presidente do Bologna à época, Tommaso Fabretti, recebeu 1 ano de suspensão e o presidente do Milan, principal clube de todo esse esquema, Felice Colombo foi expulso do futebol italiano definitivamente. 

1986 – O Início da Era Berlusconi

Foto: Franco Origlia/Getty

Foi o início de anos sombrios no lado rossonero de Milão, porque mesmo o clube conseguindo voltar para a Serie A sem tantas dificuldades, não conseguia ser um clube poderoso no país e acabou tendo alguns anos melancólicos na primeira metade da década de 80.

Na temporada 1981-82, o Milan foi mais uma vez rebaixado, dessa pelo desempenho dentro de campo. Mais uma vez, voltou a Serie A e mais uma vez seguiu sem forças pra brigar por títulos. Para dar uma ideia, o time chegou a ser eliminado da Copa da UEFA pelo Zulte-Waregem, um clube extremamente modesto da Bélgica.

Todas esses seguidos fracassos esportivos e administrativos fizeram com que o Milan entrasse numa enorme crise financeira, e o fundo do poço parecia ser questão de tempo. Mas em 1986 ocorreu um fato que mudou completamente os rumos da história do Diavolo: Silvio Berlusconi, um conhecido empresário mega poderoso da Itália, comprou o Milan e prometia trazer o clube rossonero de volta ao topo.

A primeira atitude dele a frente do clube foi uma que surpreendeu a muita gente, pois ele não foi atrás de um técnico super badalado e à velha moda italiana para comandar o seu projeto a beira do campo, mas sim de um cara com um DNA diferente, que na época comandava o modesto Parma: um tal de Arrigo Sacchi.  

Foto: Alessandro Sabattini/Getty

Ao começar a montagem do time, Sacchi e Berlusconi tinham que lidar com uma regra que, hoje em dia, parece algo completamente fora da realidade e inimaginável: a regra de que só poderiam haver 3 jogadores estrangeiros por clube.

Pense você agora, imagina se o Real Madrid, o Manchester City, o PSG ou qualquer outro desses clubes poderosos do futebol atual pudessem ter apenas 3 jogadores estrangeiros no time. O fato dessa regra não existir mais é o que faz com que clubes bilionários consigam montar seleções globais, trazendo os melhores jogadores de vários países e continentes do mundo inteiro.

Mas o Milan não tinha essa colher de chá. Ao escolher os três estrangeiros que iriam vestir a camisa do clube eles precisavam ser cirúrgicos, não dava pra fazer qualquer aposta, tinha que ser um negócio muito bem pensado. Mas no fim das contas, o que ocorreu é que esses três estrangeiros seriam uma aposta que daria muito certo, e os três eram ainda da mesma nação.

1987 – A Chegada de Gullit e van Basten 

Foto: Getty Images

O craque holandês Ruud Gullit vivia a sua ascensão quando chegou a dividir os gramados com Johan Cruyff em seus últimos anos de carreira, lá no Feyenoord.

Gullit ainda teria uma passagem pelo PSV Eindhoven, onde chamou a atenção da Europa inteira marcando 53 gols pelo clube. Assim, o Milan decidiu investir no homem e em 1987 pagou 6,75 milhões de euros ao PSV – valores estimados e convertidos afinal o Euro só foi adotado em 1999 – para contar com o atacante.

O holandês era um jogador marcado pela sua absurda capacidade multifuncional, sendo um verdadeiro coringa, capaz de jogar em quase todas as posições de linha, da zaga e até de centroavante.

Ele era alto, forte, rápido, muito inteligente, e tinha um faro de gol como poucos atacantes do mundo naquela época. Todas essas características faziam com que ele fosse o jogador dos sonhos para Arrigo Sacchi, como um cara que chegava pra mudar o patamar do Milan e que naquele mesmo ano foi eleito o Bola de Ouro pela France Football. 

Foto: Etsuo Hara/Getty

Quem também jogou com Johan Cruyff, esse no Ajax, foi o matador Marco van Basten, centroavante revelado nas categorias de base do maior clube holandês e que não demorou para se tornar unanimidade em seu time e na seleção de seu país.

Van Basten era um artilheiro, mas ele não era só um artilheiro que ficava na área empurrando a bola, o cara tinha uma qualidade técnica absurda pra iludir os defensores, conduzir e proteger a bola, além de muita técnica pra finalizar, mandava pancada de fora da área, driblava e tudo. Dá pra cravar facilmente que ele foi um dos centroavantes mais plásticos da história do futebol.

Em 1985-86, fez até então a sua melhor temporada na carreira, aparecendo pra Europa inteira com 37 gols na Eredivisie, números que lhe deram a Chuteira de Ouro naquele ano. Quem viu isso e ficou encantado foi o Milan, que escolhia com cautela os seus estrangeiros para montar o time e viu em van Basten o nome ideal para ser a referência do ataque.

Assim, o clube rossonero pagou a bagatela de 1,13 milhões de euros – aproximadamente e convertendo os valores – ao Ajax para tirar Marco de lá e levá-lo pra Itália em 1987.

1988 – A Reconquista da Itália

Foto: Divulgação

O Milan de fato viveu um momento complicado: 1984-85 ficou apenas em 6º lugar na tabela. Na temporada seguinte, em 1985-86 foi pior, terminou em 7º. Em 1986-87, nada mudou: um medíocre 6º lugar. O Milan parecia estar virando aquele time que está sempre ali fingindo que vai brigar por algo mas nunca conseguia realmente.

Antes mesmo do trio estar completo, o Milan de Arrigo Sacchi já pôde conseguir o primeiro título daquela era vitoriosa: o Campeonato Italiano de 1987-88. Um feito que já representava a revolução iniciada no time rossonero, quando dos 30 jogos da Serie A o Milan perdeu apenas 2 e venceu 17. Já se destacando pela defesa, que hoje é lembrada por ter alguns dos maiores defensores de todos os tempos – como Baresi e Maldini – o Milan sofreu apenas 14 gols na campanha.

O que torna a conquista ainda mais especial é o adversário principal daquela era, um dos times mais lendários da Itália: o Napoli de Maradona e Careca – que inclusive era o atual campeão.

Individualmente, Maradona continuava sendo o melhor jogador da Serie A, sendo o artilheiro da edição 1987-88 com 15 gols. Mas como conjunto, o Diavolo já começava a se distanciar dos demais.

Aquele foi o primeiro título italiano do Milan em 9 anos, o primeiro indício de que a Era Berlusconi seria um marco no clube.

1988 – Rijkaard Completa o Tridente

Foto: Sepia Times/Getty

Em 1987, o craque holandês Frank Rijkaard decidiu pôr um fim a sua época no Ajax, clube que o revelou e onde se sagrou multicampeão. O motivo foi uma treta com ninguém menos do que o Cruyff, que é praticamente Deus lá e nessa época já era treinador do clube, então não tinha muito o que fazer.

O próximo passo de Rijkaard era, ou pelo menos ele achava que seria, no Sporting de Portugal – mas calma que essa história é mais complicada.

Em 23 de outubro de 1987, Frank Rijkaard assinou contrato com o Sporting e já começou a treinar com os seus novos companheiros de clube, só à espera da regularização do negócio para que ele pudesse estrear como atleta dos Leões. Só que aí o presidente do Sporting na época, Jorge Gonçalves, demorou demais para conseguir fechar o negócio com o Ajax. e por conta disso o período de inscrição de novos atletas em Portugal acabou e o Rijkaard simplesmente não pôde jogar pelo clube com o qual ele tinha assinado contrato.

Sem solução, o craque foi emprestado ao Real Zaragoza da Espanha, afinal não dava pro cara ficar parado por meses só treinando. Com uma temporada completamente esquecível no pequeno clube da Espanha, Rijkaard teria seu destino mudado para sempre quando assinou com o Milan no final desse empréstimo, em 1988. O clube italiano pagou 3 milhões de euros ao Sporting para tirar o seu jogador – que sequer chegou a jogar pelo Leão.   

Foto: Etsuo Hara/Getty

É incrível essa história porque se tivesse conseguido jogar no Sporting o Rijkaard tinha tudo pra dar certo lá porque ele simplesmente era bom demais. Rijkaard era capaz de jogar tanto como volante quanto como zagueiro. Ele era alto, tinha boa mobilidade e era bom em tudo que fazia. Pense em um volante forte, bom marcador e bom no jogo aéreo, tipo o Casemiro. Agora pense em um volante extremamente técnico, com controle de bola e passe refinado, como o Busquets. Agora pense num que é as duas coisas: esse era o Frank Rijkaard

Em 1988, antes mesmo de se unirem no Milan, Gullit, Rijkaard e van Basten foram campeões continentais, levando a Eurocopa para a Holanda após um torneio simplesmente fenomenal dos três, com destaque para o Marco van Basten que marcou um dos gols mais antológicos da história do futebol na final da competição.

Foto: Alessandro Sabattini/Getty

O Trio estava formado. Uma combinação impressionante, e os três chegavam na Itália para começar a temporada 1988-89 já campeões e já conhecidos Europa afora.

Berlusconi e Sacchi haviam feito a melhor escolha possível dos três estrangeiros que podiam jogar no Milan – três craques geracionais de uma mesma nação, que se conhecem e se entendem como poucos vestindo a camisa do seu país e que beberam da fonte do gênio Johan Cruyff.

Só que esses três caras não chegavam pra se juntar a alguns jogadores mais ou menos pra carregarem o time. O Milan montava uma verdadeira constelação de craques que ficariam marcados como alguns dos maiores jogadores italianos de todos os tempos, como Paolo Maldini, Franco Baresi, Roberto Donadoni, Carlo Ancelotti, Costacurta e outros. 

Mas no meio de todas essas estrelas, aqueles três caras roubaram a cena e fizeram um time italiano ser lembrado por outra nacionalidade.

Assim, estava finalmente formado o Milan dos Holandeses. Sob o comando de Arrigo Sacchi, eles começaram a conquista da Europa e do Mundo, a começar por um certo prêmio individual. No fim de 1988, Marco van Basten foi eleito o Bola de Ouro da France Football, com Ruud Gullit ficando em 2º e Frank Rijkaard ficando em 3º – um feito histórico para os holandeses do Milan, que monopolizaram o principal prêmio individual do mundo. 

O Milan dos Holandeses

Numa época em que a Champions League – na época Copa dos Campeões – levava demais a sério o seu nome, apenas os campeões podiam brigar pela taça. Como o atual campeão da Itália, o Milan voltou todas as suas forças pra disputa da Champions, porque se hoje você conhece o Milan como o segundo maior campeão dela com sete taças, naquela época o clube estava muito mais carente de títulos europeus, tendo vencido apenas duas vezes a maior taça de clubes da Europa, sendo que a última tinha sido lá em 1968-69, eram vinte anos de jejum!

Como consequência, os rossoneri não conseguiram brigar pelo título italiano novamente, que mesmo com um van Basten fatal, sendo vice-artilheiro da competição com 19 gols, teve vitória avassaladora da Internazionale.

Mas na Champions o Milan avançava a todo vapor. Na primeira eliminatória, bateu o Vitosha, da Bulgária. Na seguinte, mandou pra casa o Estrela Vermelha, da Iugoslávia. Na terceira, derrubou o alemão Werder Bremen.

Aí chegou a hora de separar os homens dos meninos, porque na semifinal o adversário seria nada mais nada menos do que o Real Madrid, numa semifinal com cara de final antecipada, pois na outra chave jogavam dois clubes mais modestos: o Steua Bucareste e o Galatasaray. Naquele confronto, o Milan fez um anúncio pro continente inteiro ouvir: “a partir de hoje, a Europa é nossa”.

Após empate no Santiago Bernabéu em 1×1, o Milan recebeu o Real Madrid no San Siro para mais de 73 mil pessoas, e entregou uma das maiores exibições da história da UEFA Champions League, ao vencer os merengues por 5×0 – com todos os gols sendo marcados por jogadores diferentes: um golaço absurdo de Ancelotti, Donadoni e o tridente holandês Gullit, Rijkaard e van Basten

Foto: Simon Bruty/Getty

Após amassar o Real Madrid o Milan foi à grande decisão, com sede no Camp Nou. Os comandados de Arrigo Sacchi enfrentaram o Steaua Bucareste, clube romeno que já havia batido o Barcelona numa final de Champions League em 1986. Mas quando sentiram a mão pesada do Diavolo, a coisa foi diferente. 

A escalação do Milan para a final teve Galli, Tassotti, Baresi, Costacurta e Maldini; Rijkaard, Ancelotti, Colombo e Donadoni; e a dupla de ataque Gullit e van Basten – completando o 4-4-2 mortal de Sacchi

A dupla de ataque simplesmente não permitiu que houvesse jogo, porque o que se viu no Camp Nou foi mais um massacre dos holandeses: 4×0, com dois gols de Gullit e dois gols de van Basten

Foto: Kazuhiro Nogi/Getty

Após dois rebaixamentos e anos melancólicos do Milan na primeira metade da década de 80, o clube atingia a glória máxima: tinha se tornado tricampeão da Champions League e ainda iria por mais, porque o Mundial aguardava no Japão.

O adversário foi o Atlético Nacional da Colômbia, time do lendário goleiro René Higuita, que fez jogo duro e só foi derrotado com um gol de falta do reserva Evani na prorrogação. Agora, a conquista tinha atingido todos os degraus – a Itália, a Europa e o Mundo. Mas ainda não era o suficiente, porque o Milan dos Holandeses queria mais. 

No fim de 1989, mais uma vez o Milan foi o dono da premiação da Bola de Ouro, com Marco van Basten vencendo pelo segundo ano seguido, agora com Franco Baresi em 2º lugar e Frank Rijkaard mais uma vez em 3º. 

1990 – A Segunda Coroa da Europa e do Mundo 

Foto: Neal Simpson/Getty

Para a temporada 1989-90, o Milan mais uma vez focou todas as suas forças na briga pela Champions League, enquanto viu o Napoli do gênio Maradona conquistar a Serie A, que teve van Basten mais uma vez como artilheiro com 19 gols. 

Mas na Europa não tinha jeito: quem mandava era o Milan. Na primeira eliminatória, despachou o Helsinki, da Finlândia. Na próxima fase, pegou logo o Real Madrid e mais uma vez mandou o gigante espanhol de volta para capital com as mãos abanando. Chegando às quartas de final, foi a vez do Mechelen, da Bélgica, ser derrubado pela equipe de Arrigo Sacchi. Na semifinal, viria a maior batalha daquela campanha: o rival era o poderoso Bayern de Munique, num embate entre dois tricampeões da Champions, que no fim foi vencido pelo Milan – suado, graças à regra do gol fora de casa. 

Na grande decisão no Praterstadion o adversário foi o Benfica, que seguia na sua sina de tentar voltar a ser campeão europeu depois da Era de Eusébio. A final foi duríssima, mas o Milan tinha um holandês na manga: Frank Rijkaard recebeu de van Basten e marcou o único gol da partida, que deu o tetracampeonato europeu ao Diavolo. Detalhe que na competição inteira tomou apenas 2 gols, ambos do Bayern.

No Mundial, teve pela frente o Olimpia do Paraguai e não tomou conhecimento: enfiou um 3×0, com direito a três gols de Rijkaard e se tornou o primeiro clube europeu a vencer o mundo três vezes. 

1991 – O Fim da Era Sacchi

Foto: imago images/Buzzi

O Milan dos Holandeses havia atingido o seu apogeu e como todo mundo sabe, quando se atinge o topo não existe outro caminho que não seja a descida. Na temporada 1990-91, o Milan mais uma vez não conseguiu vencer a Serie A e foi eliminado da Champions League nas quartas de final, vendo o sonho do tri seguido escapar ali.

Pra completar, o comandante Arrigo Sacchi deixou o clube ao fim da época, indo treinar a Seleção da Itália. Era o fim do Milan mais encantador de todos os tempos e um dos maiores times a pisarem num gramado de futebol em toda a história.

1992 – Os Invencíveis 

Foto: Onze/Getty

Os holandeses seguiram e ainda tiveram mais anos de glória. Sob o comando de Fabio Capello, se tornaram campeões invictos da Serie A na temporada 1991-92, numa campanha épica que fez a defesa com Maldini, Baresi, Costacurta e cia se tornarem ainda mais lendários. Naquela campanha, o artilheiro foi o homem gol de sempre: Marco van Basten com 25 bolas na rede – desempenho que levou o craque a sua 3ª conquista da Bola de Ouro, se tornando o maior vencedor na época, empatado com Johan Cruyff e Michel Platini

1993 – Adeus aos Holandeses

Foto: Alessandro Sabattini/Getty

O domínio nacional se estendeu por mais dois anos: o Milan de Capello fechou um tricampeonato italiano com os scudettos de 1992-93 e 1993-94. Só que pouco a pouco, o Milan foi deixando de ser dos holandeses. 

Ruud Gullit começou a cair de rendimento e foi perdendo espaço na equipe titular – o que o fez se transferir para a Sampdoria no meio de 93.

Van Basten começou a sofrer com sérias lesões no tornozelo. Todo mundo sabia que era o fim da era deles, mas ainda assim, houve mais uma final de Champions pela frente, contra o Olympique de Marseille na temporada 1992-93. Com apenas 2 dos 3 holandeses em campo, o Milan não era mais a força que conquistou o bicampeonato em 89 e 90 e assim foi derrotado pelos franceses por 1×0.

Essa partida marcou o adeus de Marco van Basten dos gramados, que atormentado pelas lesões ficaria 2 anos tentando se recuperar até anunciar a aposentadoria em 95.

No fim da temporada, Frank Rijkaard também deu adeus e voltou à Holanda pra mais uma vez vestir a camisa do Ajax, onde encerraria a carreira. 

O Milan dos Holandeses encantou a Itália, a Europa e o Mundo, e uniu o futebol arte com a tática e a vitória. No fim, se tornou eternizado para sempre como um time italiano, mas com adjetivo pátrio de outra nação. E acima de tudo: um Time Imortal.

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Yuri Dantas
Yuri Dantas
Membro do Euro Fut há mais de 7 anos. Escrevi mais de 100 roteiros pro canal, hoje trabalho nas redes sociais e comento no Euro Cast. Tenho também meu próprio canal no YouTube - Yuri Dantas.
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